terça-feira, 26 de abril de 2011

Leme

Entendemos por leme uma peça colocada na parte traseira da embarcação e que serve para dar direção ao barco. Timão seria a barra que liga ao leme.


O que opera o leme se chama timoneiro. Em minha pesquisa encontrei variações em sua construção, mas o principio básico é uma alavanca ou um conjunto de alavancas (de acordo com o tamanho da embarcação) para a operação ser mais segura.





Diferente da foto acima, as grandes embarcações possuem um eixo feito de uma esfera de metal que facilitava o manuseio dando maior mobilidade em resposta ao comando do capitão ou do piloto.

Meu interesse no funcionamento dos lemes estão centrados do seu surgimento ao início do século XVI.

sábado, 16 de agosto de 2008

Ribeira das Naus de Lisboa


Talvez os portugueses não tenham sido grandes inventores, mas que fizeram muito pela indústria, isso é inegável. Os calados dos navios, velames em triângulo, instrumentos de navegação, métodos de conservação de alimentos, siderurgia metalurgica, texteis de linho, estaleiros, etc, foram técnicas obtidas de diferentes nacionalidade através ou de importação de mentes, ou espionagem, ou roubo, etc. A escola de sagres foi um vertedouro de conhecimento, e a Ribeira das Naus, com o uso de todo o conhecimento acumulado se tornou uma fábrica de navios que não só serviu a Portugal, mas a todas as nações que estivesse dispostas a pagar. Não só da exploração marítima o Império portugues se tornou grande no século XVI, mas também do desenvolvimento de suas técnicas.
Oficiais dos Armazéns de Guiné e Índia com cargos vitalícios, e um ordenado anual de 30 mil reais comandavam a Ribeira das Naus, nomeados diretamente pelos chanceleres dos Reis. Tinham a função de Mestre Carpinteiro ou de Mestre Calafate.
Eles controlavem 15 mestres Carpinteiros, davam baixa sobre o andamento das construções para o provedor do Armazém e faziam pedido dos materiais fornecidos pelo Almoxarife da Ribeira.
Liames que davam sustentação ao casco (Quilhas e cavernas) eram feitas de sobreiros. Já os carvalhos, pela sua resistencia eram colocados nos costados das naus.
Eram proibidos o cortes dos sobreiros se não fossem para atividades náuticas. Madeiras eram materias primas muito importantes, as formas e resistências das árvores eram levadas em conta de acordo com sua função. O sobreiro http://pt.wikipedia.org/wiki/Sobreiro é uma árvore com várias torturas e garfos, com resistência e formas que facilitam a construção de das cavernas, com agulhas e curvas dando reforço aos cascos. Mas florestas numa indústria tão rica tendem a rarear, por isso as navegações exploratórias eram atentos a terras e ilhas que poderiam prover de matéria prima como a Ilha da Madeira ou o Brasil.
Pinhos e Carvalhos também eram importados de outras nações em grande quantidade, até substituidos por carvalhos com menos vantagens para a construção como o carvalho de Flandres ou de Gdansk (Polônia).
Pez e Alcatrão, importados da Polonia, eram utilizado na calafetagem dos navios. As pranchas são ligadas as ossaturas do navio através da Calafetagem.
Não foram apenas as construções náuticas que escassearam as florestas, mas tambem os fornos de cal, fornos de pão, pasteis biscoito, olarias, derretimento de vidro, metalurgica, louça, refinação do açúcar, atividades domésticas, etc.
As leis régias de proteção de florestas foram mais específicas para manter as atividades náuticas.
Fornos de vidros teria que estar distante de Lisboa, pinhões e pinhas não poderiam mais ser comercializados para cumprirem sua função de sementes.
Mesmo com esta medida, árvores na idade do corte se tornaram raros, sendo utilizados árvores ainda jovens, com, claro, a frequente naufrágios por causa da ineficiencias dos cascos no final do século XVI.

terça-feira, 24 de junho de 2008

Batalha dos elefantes


Neste desenho que fiz acima, representei a nau indiana que transportava elefantes, comparando a caravela que eu havia desenhado anteriormente. As gravuras ao lado são resultado de meses de pesquisas de como seriam as naus indianas no século XVI.
Agora estou com os livros:
Inde, Péninsule des Dieux, escrito por Joseph Kessel;
Goa, Tal como eu vi, de Emile Marini;
O Descobrimento do Brasil, composto pelo incomparável T. O. Marcondes de Souza.
Estou desenhando no momento a página correspondente a uma batalha que ocorre próximo a Calicute como narrada na Relação do Piloto Anônimo:
" Estando assim, um dia veio uma nau a qual ia de um reino ao outro, a qual havia 5 elefantes, entre os quais um muito grande e de elevado preço porque era prático na guerra. A nau que os transportava era muito grande e tinha muita gente armada, Quando o rei soube da chegada da dita nau, mandou dizer ao capitão que solicitava que fosse aprisionar aquela nau, a qual levava um elefante pelo qual ele daria muito dinheiro e não queriam dar. O capitão lhe mandou dizer que o faria, mas que os mataria se não se rendessem. O rei ficou contente com isso e mandou um mouro que fossem ver de que modo tomariam a nau e para falar com eles para que se rendessem,
Em seguida o capitão mandou uma caravela de grossa Bombarda e bem armada com 60 a 70 homens, a qual foi duas noites directa a essa nau, sem a poder capturar. No dia seguinte , investiu contra ela, dizendo-lhe que se rendessem e os mouros puseram-se a rir por que eram muitos e a nau muito grande e começaram a atirar flechas.

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Tejo

E a Grua ficou de fundo... ficou bem diferente dos portos de partidas retratados, é certo, mas tentei me aprofundar na pesquisa. O gato... bom, o gato gosta de peixe, deve ter muitos gatos num lugar onde bacalhau é frequentemente descarregado.

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Esboço do Porto

Em breve colocarei a grua e outros elementos. O curioso é que depois de todo o estudo ela vai parecer pouco.

Grua do Porto


Desenhei a grua para separar da imagem e ficar mais claro o problema.
O ângulo da haste de sustentação não parece certo. Pode ser limitação do desenhista, como demonstrado na perspectiva e no dimensionamento errado das pessoas. Mas mesmo que o princípio da grua parece estar ali, existem algumas incongruências. Gostaria de ter uma outra referência mais detalhada. Mas quem não gostaria das coisas mais fáceis.

Montando a grua

Percebem a roda? ela possui degraus para fazer o movimento anti-horário, um jogo de corda e roldana que ainda não desenhei. A grua romana tinha sustentação por cordas na parte de trás. A grua medieval portuário devia ter uma outra forma de sustentação. Talvez na própria fundação, com um reforço da capela.