sábado, 16 de agosto de 2008

Ribeira das Naus de Lisboa


Talvez os portugueses não tenham sido grandes inventores, mas que fizeram muito pela indústria, isso é inegável. Os calados dos navios, velames em triângulo, instrumentos de navegação, métodos de conservação de alimentos, siderurgia metalurgica, texteis de linho, estaleiros, etc, foram técnicas obtidas de diferentes nacionalidade através ou de importação de mentes, ou espionagem, ou roubo, etc. A escola de sagres foi um vertedouro de conhecimento, e a Ribeira das Naus, com o uso de todo o conhecimento acumulado se tornou uma fábrica de navios que não só serviu a Portugal, mas a todas as nações que estivesse dispostas a pagar. Não só da exploração marítima o Império portugues se tornou grande no século XVI, mas também do desenvolvimento de suas técnicas.
Oficiais dos Armazéns de Guiné e Índia com cargos vitalícios, e um ordenado anual de 30 mil reais comandavam a Ribeira das Naus, nomeados diretamente pelos chanceleres dos Reis. Tinham a função de Mestre Carpinteiro ou de Mestre Calafate.
Eles controlavem 15 mestres Carpinteiros, davam baixa sobre o andamento das construções para o provedor do Armazém e faziam pedido dos materiais fornecidos pelo Almoxarife da Ribeira.
Liames que davam sustentação ao casco (Quilhas e cavernas) eram feitas de sobreiros. Já os carvalhos, pela sua resistencia eram colocados nos costados das naus.
Eram proibidos o cortes dos sobreiros se não fossem para atividades náuticas. Madeiras eram materias primas muito importantes, as formas e resistências das árvores eram levadas em conta de acordo com sua função. O sobreiro http://pt.wikipedia.org/wiki/Sobreiro é uma árvore com várias torturas e garfos, com resistência e formas que facilitam a construção de das cavernas, com agulhas e curvas dando reforço aos cascos. Mas florestas numa indústria tão rica tendem a rarear, por isso as navegações exploratórias eram atentos a terras e ilhas que poderiam prover de matéria prima como a Ilha da Madeira ou o Brasil.
Pinhos e Carvalhos também eram importados de outras nações em grande quantidade, até substituidos por carvalhos com menos vantagens para a construção como o carvalho de Flandres ou de Gdansk (Polônia).
Pez e Alcatrão, importados da Polonia, eram utilizado na calafetagem dos navios. As pranchas são ligadas as ossaturas do navio através da Calafetagem.
Não foram apenas as construções náuticas que escassearam as florestas, mas tambem os fornos de cal, fornos de pão, pasteis biscoito, olarias, derretimento de vidro, metalurgica, louça, refinação do açúcar, atividades domésticas, etc.
As leis régias de proteção de florestas foram mais específicas para manter as atividades náuticas.
Fornos de vidros teria que estar distante de Lisboa, pinhões e pinhas não poderiam mais ser comercializados para cumprirem sua função de sementes.
Mesmo com esta medida, árvores na idade do corte se tornaram raros, sendo utilizados árvores ainda jovens, com, claro, a frequente naufrágios por causa da ineficiencias dos cascos no final do século XVI.

terça-feira, 24 de junho de 2008

Batalha dos elefantes


Neste desenho que fiz acima, representei a nau indiana que transportava elefantes, comparando a caravela que eu havia desenhado anteriormente. As gravuras ao lado são resultado de meses de pesquisas de como seriam as naus indianas no século XVI.
Agora estou com os livros:
Inde, Péninsule des Dieux, escrito por Joseph Kessel;
Goa, Tal como eu vi, de Emile Marini;
O Descobrimento do Brasil, composto pelo incomparável T. O. Marcondes de Souza.
Estou desenhando no momento a página correspondente a uma batalha que ocorre próximo a Calicute como narrada na Relação do Piloto Anônimo:
" Estando assim, um dia veio uma nau a qual ia de um reino ao outro, a qual havia 5 elefantes, entre os quais um muito grande e de elevado preço porque era prático na guerra. A nau que os transportava era muito grande e tinha muita gente armada, Quando o rei soube da chegada da dita nau, mandou dizer ao capitão que solicitava que fosse aprisionar aquela nau, a qual levava um elefante pelo qual ele daria muito dinheiro e não queriam dar. O capitão lhe mandou dizer que o faria, mas que os mataria se não se rendessem. O rei ficou contente com isso e mandou um mouro que fossem ver de que modo tomariam a nau e para falar com eles para que se rendessem,
Em seguida o capitão mandou uma caravela de grossa Bombarda e bem armada com 60 a 70 homens, a qual foi duas noites directa a essa nau, sem a poder capturar. No dia seguinte , investiu contra ela, dizendo-lhe que se rendessem e os mouros puseram-se a rir por que eram muitos e a nau muito grande e começaram a atirar flechas.

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Tejo

E a Grua ficou de fundo... ficou bem diferente dos portos de partidas retratados, é certo, mas tentei me aprofundar na pesquisa. O gato... bom, o gato gosta de peixe, deve ter muitos gatos num lugar onde bacalhau é frequentemente descarregado.

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Esboço do Porto

Em breve colocarei a grua e outros elementos. O curioso é que depois de todo o estudo ela vai parecer pouco.

Grua do Porto


Desenhei a grua para separar da imagem e ficar mais claro o problema.
O ângulo da haste de sustentação não parece certo. Pode ser limitação do desenhista, como demonstrado na perspectiva e no dimensionamento errado das pessoas. Mas mesmo que o princípio da grua parece estar ali, existem algumas incongruências. Gostaria de ter uma outra referência mais detalhada. Mas quem não gostaria das coisas mais fáceis.

Montando a grua

Percebem a roda? ela possui degraus para fazer o movimento anti-horário, um jogo de corda e roldana que ainda não desenhei. A grua romana tinha sustentação por cordas na parte de trás. A grua medieval portuário devia ter uma outra forma de sustentação. Talvez na própria fundação, com um reforço da capela.

domingo, 27 de abril de 2008

Grua


Consegui essas gravuras e fotos que dispus acima na ordem para melhor compreensão do que busco, tentarei descobrir como funciona a grua. Isso é importante parao desenho da partida no porto.

sábado, 26 de abril de 2008

Terra a vista!

1492 - A conquista do Paraíso


Espadas, joelheira, escudos, calças do tamanho do corpo, colunas, coroa, brazões, cotoveleiras, sapatos de metal. Até onde está a fantasias e quais são os pontos veridicos numa pintura como essa. Ah, desculpem, o retrato acima é de Nuno Alvares Pereira.

Terra a Vista


Um filme muito antigo sobre o Descobrimento do Brasil me ajudou na dinâmica dessas cordas.
http://www.youtube.com/watch?v=JnXh8HQW_WQ

Tombadilho e camarote do capitão.




A partir do projeto anterior desenhei em meu caderno o tombadilho. E também o quarto do Capitão com os treze capitães reunidos. Não devia ter sobrado muito espaço ali.

Projeto da nau de Pedro Álvares de Cabral.


Estou criando uma história sobre a viagem de Cabral até as Índias e o seu retorno.
Para tanto criei este blog para dispor de referências que tenho encontrado ou projetos como dessa caravela que fiz para me ajudar na criação desta história. Essa caravela desenhei no corel draw e usei como referencia uma gravura que encontrei num livro sobre descobrimento do Brasil de Rubens Bueno.
A pequena pintura que aparece no lado superior esquerdo se refere a um navio do século XVII que ajudou na colonização americana.
A pequena gravura que usei de seres humanos para referencia de dimensões encontrei não lembro onde na internet, e são para me ajudar na elaboração das indumentárias.